quarta-feira, 23 de março de 2011

O Teatro no Vilarejo



Vilarejo é um lugar que nos parece conhecido: como o quintal da casa da avó; ou uma ruazinha que cruzamos pra chegar em uma linda praça ou em uma linda praia; podendo até ser uma cidadezinha, bem pequenina, que nos acolhe no seu jardim ou coreto!
Mas este nosso Vilarejo é um lugar de comemorar, e através do encontro, brindar tantas vidas, tantas alegrias, tantos prazeres!
E as artes estão, como em todas as culturas, como base, como raiz, como oportunidade de convivência e criação. E o teatro não podia ser diferente.
Assim, o trabalho de teatro para as festas do Vilarejo são a oportunidade de encontrar com o outro. Primeiro vem a escolha do tema, feita pela família junto ao aniversariante. Depois, vem nossa inspiração para “o que fazer”, “o que contar”. A partir daí, o encontro é entre os trabalhadores do Vilarejo com este tema, para a criação da performance, do “como fazer”. E por último, e não menos importante, o encontro do pequeno espetáculo com o público, os convidados.
Para fazer com o outro é preciso generosidade, é preciso dedicação e, sobretudo, é preciso cuidado e carinho. Na simplicidade e na leveza de cada criação, nós da equipe de teatro do Vilarejo queremos, através da arte cênica, encantar-nos e encantar-lhes. Pois, na arte do encontro, nossas emoções estão presentes e abertas para a imaginação e a recriação.
A cada festa é preciso abrir-nos e, ao encontrar cada olhar de criança, jovem ou adulto reinventar a necessidade do contar, do interpretar, do apresentar!
Nas culturas populares tradicionais o lugar da representação e do contar histórias tem um lugar sagrado: é a necessidade de nos aproximarmos dos deuses e de nossas memórias. Assim, cada povo vai se constituindo, com histórias e estórias. O universal e o particular se mesclam na busca da vivência do ficcional, tocando nossas transformações íntimas do dia-a-dia.
Desde os contos de fadas, passando por lendas indígenas ou africanas, encontrando histórias contemporâneas ou históricas, através da arte cênica queremos construir o sagrado encontro conosco mesmos e com o outro!
Por Gabriela Machado

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